quarta-feira, 14 de abril de 2010

tempo

Hoje o post é um bocadinho mais triste. Hoje estou chocha como o tempo e isso remete me para pensamentos, e os pensamentos fazem me ter saudades de certas pessoas. Estava agora a falar com a D. quando comecei a cair no real ao mesmo tempo que me lembrava de coisas passadas e que me deixam mais down, ao ver o rumo que levam. Para ser mais especifica, refiro me a mais uma amizade que estou a ver escorregar me por entre os dedos. Mas também, quando um não quer dois não dançam ! Já sabia que com a ida para a faculdade ia distanciar me de muitas amigas, mas desta não estava a espera. Achamos sempre que as amizades são para a vida e acabamos a não aprender nada de novo com o tempo. Era a minha confidente, aquela que me fazia sempre sentir melhor num dia mau e a que me dava as melhores palavras de consolo e os melhores abraços. Hoje tentamos marcar alguma coisa mas é sempre em vão, nunca há tempo, diz ela. Odeio esta sensação de incapacidade e de saudade desmesurável. Esta amizade era mais ou menos como aqueles namorozinhos em que se fazem promessas de nunca nos esquecermos do outro. A realidade é só uma: as coisas mudaram, já não somos cúmplices uma da outra, já não nos tratamos da mesma forma e nem parece que algum dia fomos amigas com um A dos grandes. Que magoa, magoa. O que o tempo faz ...

3 comentários:

  1. Nao posso, vao demasiadas coisas na alma :p

    Sabes uma coisa? Lembro-me de sair de um autocarro grande, verde, Rodoviária de Lisboa - 331 - de ir a andar e de receber uma sms - lembro-me tao bem de como estava pintada (quase dos pés à cabeça) - era um pedido: de alguém meio envergonhado a pedir se podia almoçar comigo no dia seguinte. Porque nao?

    Mas não foi só no dia seguinte. Foi nos dias de sol, de nevoeiro e de chuva torrencial, a pé ou numa urbana (nao interessa o caminho das pulgas). Lembro-me tao bem daquelas viagens TAO aluciantes (as figuras que fazemos :O ).
    O centro comercial era nosso - de uma ponta à outra - faziamos o que queriamos e diziamos o que queriamos sem nos importarmos com as figuras ridiculas. Lá ou na escola. Eramos nós e isso chegava.

    Afinal, quem foram as impulsionadoras dos acampamentos ciganos? Niguém comia toblerone nas aulas da fogaça e colava o papel na capa do caderno (só eu)a dizer "Adoro-te sis" ( e sabes? ainda hoje te adoro ).

    Peço desculpa pelas vezes que te fiz a cabeça em água pelas minhas duvidas constantes quanto à porta do cacifo mas eu compensava, nao te lembras? Levava TUDO o que era nosso na minha mini (mega) mala. ( : Hoje trago tudo na memória, na alma e no coração mas, sobretudo, na saudade dos nossos dias, da nossa telepatia. Mas não quero que se fique por ai, recuso-me a guardar na caixa das memórias porque a quero aberta, bem aberta, a absorver tudo aquilo que ainda podemos lá guardar.

    Niguém ficava obcecado com moscas numa aula de geografia, só nós (as quatro). Já não ha moscas, ja nao ha geografia mas ainda há o "nós" e só depende de cada uma manter (ou nao) o quarteto.

    Adoro-te.

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  2. ves, ves? vou-te confessar um segredo muito meu: é assim que se escreve, e bem! quando estamos tristes, nada sai mais cru.. :)

    olha eu tambem ja perdi muitas amizades, boas amizades, mas tenho uma visao muito nitida sobre isso: as boas e verdadeiras, voltam sempre. sempre.

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diz lá o que te vai na alma, vá !